quinta-feira, 28 de junho de 2007

Naked, a agência do futuro?

Recebi por email esta semana sobre uma agência inglesa que está revolucionando a forma de fazer publicidade. Quase 50% dos seus criadores nunca haviam pisado em uma agência de publicidade, não há atendimento, produção ou qualquer outro departamento, além da criação, na agência. Eles criam apenas o conceito, e a estratégia de como esse conceito encaixará na cabeça do cliente.

Segundo o artigo da exame o cliente adorou a nova agência, eles detém mais de 100 contas, entre elas Nokia, Sony, Nike e Coca-Cola.

Lendo o artigo concordei com o novo conceito desenvolvido pela nova agência. Eles pesquisam sobre o cliente, sobre o cliente do cliente e o mercado, sendo assim a criação acontece de uma forma metódica, mas que por ser estudada, traz uma criatividade bem fundada em estudos e com maior potencial de acerto, ou lucro.

O que esta agência está ensinando ao mercado é que não adianta ganhar prêmios em Cannes se o seu cliente não tem o lucro esperado, é necessário juntar a criatividade com a grande função primitiva da publicidade, VENDER.



Quadro Naked by Exame.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Na Publicidade nada se cria...

Exite uma frase que aprendi desdo primeiro semestre na faculdade de publicidade e propaganda: "Nada se cria, tudo se copia". A verdade é que sempre concordei que isso existia, mas não era tão intenso, era costume, quando eu era diretora de arte, você pesquisar em revistas como a Archive peças que te inspirassem em uma nova propaganda.
No grupo que participo de publicidade apareceu, recentemente, aprova de que as coisas não são tão sutis assim.

Primeira prova do crime:

IKEA e a nova novela das 7 da Globo


Segunda prova do crime:

IESB


Akbank


Itaú


Talk Talk


Provavelmente você poderá encontrar muitas outras propagandas similare/iguais por aí. Mas agora vem a questão. Será que isso é ético? Será que a publicidade deve criar ou deve pensar só em vender, por isso copiar idéias que funcionam é a melhor saída?

segunda-feira, 25 de junho de 2007

A importância da Newsletter

Como, agora, virei atendimento e tenho de lidar mais diretamente com os clientes percebi a importância de uma ferramenta de marketing de internet ou virtual. Quando trabalhava só com o marketing já notava essa necessidade, agora com o contato percebi que é essencial.

A newsletter é a forma de você lembrar seu cliente que a empresa está viva e fazendo muitos trabalhos interessantes e que provavelmente interessem à ele. É, também, uma forma de estar presente e visitar o seu cliente com freqüência.

Essa ferramenta muito útil também pode ser usada para prejudicar a empresa, por isso é necessário ter parcimônia no seu uso. Encher a caixa de email do cliente não vai fazer com que ele lembre de sua empresa de forma positiva, muito pelo contrário, ele vai te amaldiçoar toda vez que entrar no email dele e ver a quantidade de email enviados. Mas é necessário ter uma freqüência interessante, eu aconselho entre 15 e15 dias à 45 e 45 dias.

Na newsletter também é necessário ter informações que interessem seu cliente, você terá que fugir um pouco do umbigo da empresa, mas se mantendo no assunto que diz respeito a ela, e no final sempre mencionar de alguma forma a empresa e seus serviços. Muitas vezes o seu cliente precisa de um serviço que sua empresa oferece, mas ele não sabe que pode contar com ela para isso e a newsletter pode e deve lembrar a este cliente a gama de serviços que você oferece, na qualidade que ele conhece.

sábado, 16 de junho de 2007

Festas Juninas


Sempre gostei de Festas Juninas, a comida é uma delícia, é do tipo que te traz aconchego, a temperatura que faz as pessoas se juntarem, o frio é um grande aglutinador de pessoas, a música da um ar de interior muito bom, alguma coisa da fazenda, traz a identidade do país.

Pensando como profissional de marketing as Festas Juninas são uma oportunidade maravilhosa de juntar a tradição e a cultura nacional com os momentos de observação mercadológicas e de pesquisa sobre atitudes e gostos do consumidor.

Eu tive uma experiência recente com essas festas e parte do marketing, mas precisamente o endomarketing. A festa junina do trabalho, que foi estrategicamente colocada na sexta-feira em horário de expediente para que todos os funcionários aparecessem, foi um exemplo de como festas tradicionais, principalmente a Junina pode ser utilizada como forma de “tocar” as pessoas. A festa teve teatrinho junino (aquele que tem um casamento atrapalhado), comidas típicas, decoração típica e todo mundo fantasiado. Isso mesmo, as pessoas da empresa se fantasiaram e foram curtir a festa na hora do almoço. Eu, como funcionária nova, conheci todas as pessoas da empresa, e elas me conhecerem (já que fui o padre do teatro). Houve uma interação das pessoas, fortaleceu o vínculo entre os funcionários. Achei lindo, muito bem planejado, não sei se essa tinha sido a intenção, de melhorar os relacionamentos e trazer interação entre os funcionários, chefes e donos da empresa.

Claro que podemos utilizar de outras formas a Festa Junina, até com clientes externos. Mas podemos utiliza-la de forma tradicional como ferramenta do marketing.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Dia dos namorados

Para Andre Felix

God Only Knows

I may not always love you
But long as there are stars above you
You never need to doubt it
I'll make you so sure about it

God only knows what I'd be without you

If you should ever leave me
Though life would still go on believe me
The world could show nothing to me
So what good would living do me?

God only knows what I'd be without you
God only knows what I'd be without you

If you should ever leave me
Well life would still go on believe me
The world could show nothing to me
So what good would living do me?

God only knows what I'd be without you
God only knows what I'd be without you

segunda-feira, 11 de junho de 2007

No Japão

Essa é a nova mídia que os Japoneses estão usando, foto das ruas de Osaka:


Post em homenagem a amiga Dani que está em Osaka-Japão

Concept Store - Polêmica em Zurique

Hoje vou fazer apenas uma nota.
Há uma loja em Zurique que está dando muita polêmica no mundo da arquitetura, varejo, design e outros. Ela será uma torre com 17 containers. O nome da loja é Freitag.





Segundo a entrevista feita no site we make money not art, a idéia de fazer esta concept store foi inspirada na história da própria loja Freitag. Ela nasceu no apartamento do irmão do dono da loja Daniel Freitag, Markus. Ele morava na mesma rua que a loja está localizada. A vista da janela da cozinha do apartamento era para uma avenida que passava caminhões (24h Truck-traffic), isso inspirou Daniel a fazer bolsas de lonas de caminhão e agora a construir a loja de containers.

A construção está prevista para durar de 5 a 10 anos, então vai ficar tempo suficiente para sabermos se dará ou não certo. Será que a moda pega?

Nos comentários há pessoas dizendo que esta é a solução para o problema dos desabrigados.

Vamos ver onde da essa polêmica.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

O Marketing e o Meio Ambiente

A partir do início deste ano ocorrem e aparecem muitas estratégias e formas de se preservar a natureza e evitar o aquecimento global.

Primeiro eu vi no SPFW as referencias sobre neutralização ambiental das empresas e depois vieram os relatórios da ONU sobre o aquecimento global. Causou uma comoção e todos ficaram com peso na consciência.

Mas o que isso muda nas empresas e no marketing? Muita coisa, as empresas agora tem de ser limpas, a sociedade via exigir isso. E agora muitas empresas podem se divulgar como empresa que é neutra e limpa, a revista do SPFW tem selo de neutralizada. Que quer dizer que a revista plantou as árvores para neutralizar o carbono que ela soltou enquanto era feita. Você pode fazer os cálculos de quantas árvores você precisa plantar neste site:



A primeira “arte” da administração que criou teorias ambientais foi a economia: “A economia ambiental é um sub-ramo da economia que se debruça sobretudo no estudo do uso de propriedade comum. Actualmente temas relacionados com a economia ambiental têm sido bastante popularizados. A economia ambiental procura arranjar maneiras de mitigar os problemas de modo a maximizar o valor dos recursos. Entre esses temas incluem-se: a desflorestação, a sobre-exploração dos recursos marinhos (essencialmente a sobrepesca), o aquecimento global derivado do efeito de estufa resultante das emissões de gases para a atmosfera, etc. Um grande impulso na área foi dado pelo protocolo de Quioto (procura de meios para reduzir o efeito do aquecimento global).” (Wikipedia)

Eu creio que o marketing está durmindo ainda para este bum do ambientalismo, e já devia ter acordado a algum tempo, principalmente num país como o Brasil que tem como um dos principais cartões postais a Floresta Amazônica, e devia ser o primeiro país a fazer marketing ambiental e mostrar que aqui temos desenvolvimento e preservação ao mesmo tempo.

Soluções que as empresas podem desenvolver quanto ao marketing ambiental: neutralização, usar o selo de empresa neutra. Empresa limpa que usa combustíveis alternativos e não sujam o meio ambiente. Mostrar que os funcionários também entraram na onda de plantar uma árvore. Desenvolver divulgações que mostrem a empresa preocupada com o aquecimento global. Para um cliente que eu dava consultoria sugeri que ele plantasse árvores em pontos estratégicos da cidade e ao lado delas uma placa com a logo da empresa, o nome da árvore, e um slogan para a campanha de neutralização.

É necessário que os empresários se conscientizem para este grande problema e para suas soluções. A era do capitalismo maquiavélico está no fim é necessário pensar não só no ambiental mas no social também, mostrar para seu consumidor que a empresa se importa é uma mensagem muito valiosa e que ficará na cabeça deste consumidor, que vai preferir comprar na empresa limpa do que em uma empresa que não se importa.

Outros sites: Mend of the wolrd

terça-feira, 5 de junho de 2007

Marketing Lateral

Ano passado ou retrasado li um livro do Kotler chamado “Marketing Lateral”. Achei a teoria muito interessante, mas infelizmente nunca mais ouvi alguém falar desta teoria, nem outro livro sobre ela. Por isso me sinto no dever de divulga-la.

O Marketing Lateral parte da idéia de que tanto se segmentou que fica inviável a segmentação, fica cara e sem grande retorno por isso foi criado uma nova forma de personalizar tanto serviços quanto produtos. Esta teoria diz que para sair da segmentação excessiva é necessário criar algo novo que parte deste produto extremamente segmentado. A história que melhor ilustra o Marketing Lateral é a da barra de cereal:
“Era uma vez um produtor que entrou no mercado de cereal matinal. Ao perceber que o mercado estava saturada ele resolveu dar uma saída para seu cereal de forma criativa. Quando estava pensando em como usar o cereal, que ele já tinha como matéria-prima, ele estava comendo uma barra de chocolate. De repente ele teve uma insight, porque não fazer um cereal matinal em barras, continua no mercado de cereal mas ele tinha um novo formato. Só precisou o departamento de p&d achar um produto que ligava os cereais para ter formato de barra.” O Marketing Lateral é o produto/serviço que surge a partir da junção de dois ou mais produtos/serviços, e muitas vezes esse produto é início de um novo mercado, no caso da barra de cereal ela não serve só como alimento de café da manhã, mas, também, como lanche e alimento que ajuda na dieta. Este produto também pode atingir novos públicos-alvos, o cereal era mais voltado para crianças a barra de cereal principalmente para mulheres adultas.
Esse é um resumo de uma teoria muito interessante que te faz pensar e ser mais criativo quanto ao produto ou serviço que você oferece.

Livro indicado: Marketing Lateral – Philip Kotler

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Seu Marketing, que não existe, é sim uma bosta

A moda em Brasília ainda esta nascendo, pouquíssimas pessoas fazem marketing ou relações públicas, só contam com a sorte de alguém acha-los, com os amigos divulgarem ou com a fidelização de clientes que não são incentivados a serem fiéis.
Certo dia eu estava interessada em trabalhar com uma loja de grife de Brasília, perguntei quem fazia o marketing, eles disseram “ninguém a direção faz quando precisa”. Como se o marketing fosse feito “só quando precisa”, um erro enorme, principalmente em um empresa que já tem 20 anos de estrada, e incrivelmente se manteve sem o devido preparo. Não é preciso apenas que se tenha talento, e seja bem feito, a empresa tem de se divulgar. O mais engraçado é que para mim a tal empresa tinha apenas uns 5 anos ou coisa parecida, para mim ela era bem jovem, mas esta empresa com 20 anos e só agora esta encontrando o caminho de saída do anonimato. Provável que tenha auxílio de um RP já que ela faz muita notícia, ta, moderada notícia.
Esta empresa que tem, hoje, 20 anos. Poderia estar em outros locais, não só em Brasília, podia, como uma de suas concorrentes, ter conquistado cidades dos estados próximos a Brasília. Esta empresa continua em Brasília e pelo que sinto podia estar enorme, já ter ido para São Paulo. Ter criado uma estratégia de conquista do mercado nacional.
Creio que a falta de um marketing mais ativo tenha detido o crescimento desta empresa, e tenha feito ela escolher como uma das modelos principais para seus desfiles uma “celebridade” estranha para seu produto. Imagine uma celebridade que virou celebridade por conta do avô que faz parte da vida política do país, e que parece ser a única da família que não vai ter muito sucesso. Como atriz esta celebridade ainda não decolou, e por falta de talento vai demorar a decolar. Imagine que esta mesma celebridade é muito pouco conhecida, aliás quase não conhecida. Você traria esta celebridade para representar a sua marca? Eu não, e creio que nenhum bom profissional de marketing a traria. Pois esta empresa em questão trouxe. Este corriqueiro show de erros faz com que a empresa desapareça em relação a seus concorrentes e não tenha força caso um dos concorrentes a queira tirar do mercado. Estranho é ver que os administradores desta empresa não notarem a falta que o marketing ativo e pró-ativo faça em sua empresa.
Ah! E para quem perguntar, eu estou sim fazendo um plano para eles, e sim vou vender para eles e sim eles vão fazer sucesso.
Livro indicado: Seu Marketing é uma Bosta – de Mark Steven

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Promessa

Prometo diminuir meus posts.

Palestra de Colin McDowell

Essa Palestra eu assisti no Seminário Fashion Marketing 2007, esse é o resumo que fiz sobre a palestra.

“Moda muda o tempo todo, então a definição não é igual sempre e é muito difícil definir moda”

“Nós todos precisamos de roupa para vestir, mas poucos pode ter ou querem moda. Muitos vivem muito bem sem ela. O poder da moda é fazer a pessoa comprar ‘coisas’ que não precisa.”

“Nutrir e ajudar o novo estilista é melhor que explora-lo”

“A imprensa são as pessoas que vão excitar o cliente para a moda e para a marca”.

“Os grandes conglomerados de moda terão problemas no futuro, já que terão de segmentar cada vez mais o estilo de seus clientes”

Para Colin trabalhar em moda é trabalhar sem parar, pois você sempre tem de excitar o consumidor e atender os desejos dele para que ele compre a moda que você produz. Tem de estar no em contato com momento e sensações que este cliente está passando, mas ao mesmo tempo ter seu ponto de vista, estilo e forma de chegar no cliente, ter seu “approach”.

Segundo Colin McDowell o consumidor de moda tem entre 18 e 35 anos, logo um estilista que tenha muito mais idade não tem muita condição de saber o que esse cliente deseja, pois não faz parte do mesmo momento. E mesmo assim o estilista sempre tem que pensar o que o seu cliente quer agora e depois. A palavra mais temida no mundo da moda é “NEXT”, ou depois. Ela é tão temida que criou-se um história que Dior teve um enfarto por conta desse momento em que ele se viu perguntado, o que vem agora? E depois (next)? A moda não para e sempre quer saber qual é a próxima grande sensação, estilo, estilista, modelo e etc.

Para Colin o grande desafio do estilista e marcas de moda brasileiros é criar uma assinatura que identifique de longe que essa roupa é brasileira do estilista X. A identidade que os Missoni tem, que onde você vê uma roupa Missoni você não precisa ler na etiqueta para saber a marca. É isso que falta na moda brasileira, identidade. Não adianta você ir ao exterior e vender uma roupa igual a um estilo Balenciaga, eles podem comprar um Balenciaga verdadeiro porque comprariam a cópia, e como o nome de estilistas brasileiros não é muito conhecido fora do país não ter uma identidade diferente de estilistas conhecidos pode ser fatal para o estilista brasileiro que quer conquistar a Europa ou América. Esta questão é colocada por Colin para alertar estilistas que pretendem fazer carreira no exterior.

O conselho que Colin dá aos fabricantes de moda brasileiros é que eles devem primeiro tentar vender bem para seu público interno, depois tentar e conseguir vender bem para os países fronteiriços do Brasil e países da América do Sul, como Argentina, Uruguai, Chile. A próxima fase é conquistar a América Latina e depois conquistar o restante do mundo. Colin diz que ser forte no mercado local é essencial para o sucesso de uma marca brasileira.

O estilista que não tem orçamento para publicidade, ou outro tipo de divulgação estará fadado ao fracasso segundo Colin, já que as formas de criar desejo são através da publicidade, com anúncios maravilhosos que criam o desejo, não só de ter a roupa, mas ser a modelo e ter a marca da roupa estampada em si. Outra forma de divulgação é ter celebridades vestindo ou usando a sua roupa.

Segundo Colin a logo de moda foi inventada na Itália. A marca sempre esteve escondida na etiqueta dentro da roupa, mas os italianos nos anos de 1980 acharam que para criar um desejo maior pela roupa ela deveria mostrar o valor, da onde é, então começaram a mostrar a logomarca de suas grifes. Outra função da logomarca de moda para os italianos é atingir mercados anglo-saxões. O mercado que mais importa é o Americano, é o que mais consome, para este mercado falar uma palavra de língua latina era extremamente difícil e constrangedor, um exemplo: para os americanos é muito fácil falar Chanel, e eles sabem que é uma marca de luxo francesa, então quando estão na França e querem comprar presentes para entes queridos eles sabem que um Chanel é o presente ideal, vão na loja pedem um Chanel e são atendidos, sem problemas. Agora se eles resolvem comprar um Balenciaga, é uma palavra difícil de ser pronunciada para pessoas de língua inglesa, eles estão na França, vão a uma loja e tentam pedir um Balenciaga, falam errado, o vendedor faz cara de riso, ri ou simplesmente não entende, essa dificuldade vira um pequeno tormento então para facilitar as cosias e sabendo que um Balenciaga e um Chanel tem o mesmo peso, são marcas de luxo ele resolve que vai pedir o Chanel, é mais fácil. Os italianos viram essa dificuldade e resolveram inovar criando logomarcas que marcassem de tal forma que fosse fácil identificar e não causasse constrangimento para pessoas de língua inglesa quando fossem comprar. As imagens falavam mais que as próprias marcas, facilitando a compra.

Quanto ao Brasil, Colin diz que temos uma grande vantagem em relação aos outros mercados emergentes como China e Índia por sermos Ocidentais. Segundo ele, as mulheres indianas ou chinesas tem um pudor que não existe no Ocidente, a cultura é diferente e eles não entendem muito bem os ocidentais. Já os brasileiros são ocidentais e entendem a cultura dos Europeus ou Americanos, afinal fomos colonizados pelos europeus. No mundo globalizado da moda é muito mais fácil um estilista brasileiro ter mais sucesso que um estilista chinês ou indiano. O mundo quer vir ao Brasil, diz Colin. O país é considerado um local de festa, de férias, agradável. Todos querem conhecer o carnaval as lindas mulheres, essa é a vantagem em relação a China e a Índia. Na China eles vêem um lugar de repressão, é divulgado imagens de repressão a mulher, mortes. Na Índia eles vêem um local muito mais pobre que o Brasil, não tão confortável quanto aqui.

A desvantagem da marca brasileira quanto aos europeus e americanos é a falta de inverno no país, como o inverno aqui não faz frio não temos cultura para coleções de inverno, isso pode dificultar na entrada do Brasil no mercado de moda global. Colin sugere que o Brasil faça apenas uma semana de moda por ano para apresentar para os compradores estrangeiros (europeus e americanos), que seria a de verão. Ao mesmo tempo Colin fala que o aquecimento global pode ajudar a moda brasileira, já que o inverno não vai ser mais tão rigoroso nos países do norte, mas isso soa mais como piada do que como uma vantagem real.


por Rutu Modan