quinta-feira, 16 de julho de 2009

Sobre o Diploma de Jornalismo

Está meio datado este post, mas como ainda encontro pessoas que criticam a decisão do STF sobre o assunto resolvi colocar minha opinião aqui, e justificar minha posição contra o diploma.

Vou começar pela minha experiência, sou formada em comunicação social - publicidade e propaganda. Trabalhei como webdesigner em uma agência de notícias, por pouco tempo, mas o suficiente para conhecer jornalistas. Nessa minha experiência, encontrei apenas um jornalista bom, todos os outros que estava nesta agência eram muito ruins, de algumas vezes os designers terem que coletar as informações e mostrar exatamente o que fazer para que os jornalistas fizessem uma matéria com o mínimo de qualidade. Isso sem contar com o desconhecimento do que era comunicação multimídia.

Sim, tive uma péssima experiência. Mas o que eu vi no mercado de jornalismo, também vejo no mercado de publicidade, e no mercado das comunicações. Na verdade sou contra diploma de jornalismo, publicidade e relações públicas (que a meu ver é um misto de publicidade e jornalismo voltado para a empresa). Na verdade, esses cursos são de comunicação social e o aluno se especializa numa das três áreas. Não é assim que acontece nas universidades, você já entra focado nessas áreas.

Sou a favor do diploma de comunicólogo. Depois de formado a pessoa que quiser seguir no mercado como jornalista deveria escolher uma especialização na matéria que mais o interessa: economia, ciência política, ecologia, etc. No caso do publicitário: se quer ser diretor de arte faça especialização em artes/design/desenho industrial; se quer ser redator faça especialização em linguística; se quer ser atendimento tem que fazer administração e não publicidade; se quer ser planejamento faça especialização em marketing; o mídia só aprende na prática; o produtor de vídeo faça especialização em cinema e por aí vai.

O comunicólogo tem que dominar a arte da comunicação, em qualquer área, deve aprender matérias que ensinam o futuro profissional a ter uma comunicação sem ruído com o interlocutor. A se adaptar a novos formatos de comunicação. Mas se esse comunicólogo resolver ser um jornalista, ao se especializar em uma área do conhecimento humano para apresentar ao leigo, ou até quem conhece a matéria, ele poderá dar a informação de forma clara e correta, claro com sua opinião pertinente sobre o assunto.

por Rutu Modan