Acredito que a volta, com força, da figura do mecenas, que agora tem outro nome Venture Capital é mais chic falar esta palavra, mas acaba que ele é o velho e bom mecenas que acredita em um "artista" e patrocina-o.
Ontem estava vendo um programa que gosto muito, o Mundo S/A, e apareceu uma empresa que é considerada a mecenas desse tipo de negócio, a Monashees Capital. Um dos projetos patrocinados por este mecenas moderno é a Boo-Box, esta empresa merece destaque pois ela viabiliza uma nova forma de vender e fazer marketing, resumindo o que a empresa faz ela possibilita o internauta comprar as peças que ele vê em uma foto, por exemplo, você vê em um site de fofoca (parece que este exemplo foi o que iniciou a empresa) a foto de Giselle Bündchen e adora o sapato que ela está usando, quer comprar... é só clicar na foto, mais precisamente no sapato, que abre uma janela da loja que vende o produto e bum você pode comprar ou apenas fazer uma pesquisa de preços.
Nada mais internet do que este negócio: interatividade, entretenimento, vendas ($) e se você for mais afundo acha outras características de um negócio feito pelos moldes da net. Segundo o blog de Fábio Seixas, leia aqui, esta ferramenta é mais direcionada aos blogs:
"O serviço trata de contextualizar produtos dentro de posts de blogs linkando imagens diretamente para produtos dentro de lojas virtuais sem a necessidade de sair do site ou blog. Minha analise ainda superficial é que trata-se de uma abordagem alternativa para motetização de blogs que tende a ser ainda mais relevante que o adsense. Mas cabe uma analise melhor quando o serviço estiver disponível."
A empresa, brasileira, foi até citada pelo respeitado site Techcrunch, veja aqui. Pelo que deu para ler eles acreditam na idéia, mas não sabem como vai funcionar.
Mas voltando um pouco, sobre o mecenas, existe também o mecenas musical. Aliás, a forma que atualmente acredito que as gravadoras podem usar para poder crescer no mundo virtual, é uma forma inteligente para que eles consigam lucrar mas ao mesmo tempo disponibilizar de forma segura downloads. Aparentemente a Trama Virtual faz isso, segundo seu CEO João Marcelo Bôscoli:
"Uma das coisas bacanas do Trama Virtual é o download pago, mas pelos anunciantes e patrocinadores do projeto. Cada música baixada pelo internauta, reverte um pagamento para o autor da faixa."
O interessante é as gravadoras acharem mecenas que patrocinem seus artistas, liberando o download de graça e com alguma coisa a mais para quem baixa, baixar no site da gravadora. Sem contar que a gravadora pode ter cadastro de quem utiliza a faixa, de quem escuta esse tipo de música e conhecer à fundo o seu cliente, podendo oferecer mais tarde algum produto que o interesse. Enfim é infindável as opções que podem advir disso.