domingo, 25 de novembro de 2007

Discurso sobre Moda

Estava pensando hoje, quando vi o meu blog, e percebi que apesar de amar moda fiz apenas 4 posts com o tema contra 7 sobre alguma coisa da internet, então resolvi que deveria escrever sobre moda.

Meu amor por moda não é aquele de forma fútil apenas, entenda-se por fútil é ter e querer as roupas da moda só vestir o que está na tendência da estação, é algo maior, gosto do fato de a moda ser uma forma de contar a história da humanidade. O estilo que é hype da estação tem muito a ver com o que está acontecendo no cenário político, econômico e cultural do mundo e/ou país. Gosto da moda também por ser ela uma parte funcional da arte, creio que os estilistas são artistas, que devem sempre andar na vanguarda e trazer novas formas e modelos de vestimentas e devem sempre, se possível revolucionar a maneira de se vestir, por exemplo, a mini-saia, quem me disser que ela não foi uma revolução feminina realmente não entende de história, outro exemplo é Balenciaga que fazia roupas que emolduravam o corpo da mulher e o transformava em um quadro a ser admirado.

Fico muito triste ao ver revistas que deveriam falar de moda trazer partes de coluna social, tem revistas respeitáveis e tradicionais que são misturas de moda com CARAS, acho isso um absurdo, além de vulgarizar a moda. Mas felizmente apareceu nos últimos 2 anos revistas (no Brasil), que tratam a moda com o respeito que ela merece, e a relaciona com o que ela realmente deve ser relacionada: cultura, arte, política/economia, vanguarda, entre outros. Essas revistas são a KEY e a FFW|MAG. Aconselho a compra e coleção destas revistas, elas realmente têm o que falar e consideram a moda algo mais do que apenas coluninha social onde há pessoas que acham que se vestem bem só porque compram roupas de marca caríssimas.

Por falar das pessoas na moda tenho a teoria de que quem gosta de moda tenta sempre, mesmo sem perceber ou sem intenção, quebrar as regras “de moda”, como por exemplo, usar brilho apenas de noite, combinar sapato com bolsa, não combinar listras com bolhinhas, e por aí vai. Gosto da idéia de quebrar conceitos que não tenham uma função real, gosto da idéia de se vestir sem ter de pensar se a outra pessoa vai se ofender com a sua vestimenta. Aqui no Brasil, principalmente Brasília isso é muito difícil, já que a teoria comum é que a opinião do outro é mais valiosa do que o nosso bem estar.


Modelo Balenciaga

por Rutu Modan