quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Pensamentos

Estou lendo "Da preguiça como método de trabalho" de Mário Quintana. Um de meus presentes de Natal. E este livro desencadeou uma série de pensamentos sobre o mundo do emprego e o mundo de hoje.

Por mais que digam por aí que tem-se valorizado a individualidade e que todos compreendem que ninguém é igual a ninguém na realidade isso não é verdade.

Ouvi, num desses programas de TV que tinha tema Mudança de emprego ou Emprego novo, não lembro bem, de um especialista em RH que quem quer emprego tem de ser extrovertido, falar com todos com facilidade para poder conseguir o emprego dos sonhos. Quem é bem sucedido tem que ser um ser super-sociável.

Primeiro lugar, grandes gênios e pessoas que realmente fazem sucesso em suas áreas de atuação são extremamente introvertidas e nada sociáveis. Segundo, padronizar é extremamente irritante e intediante. Terceiro, melhor calar do que falar besteira.

Achei de extrema indelicadeza do ser humano ter falado aquilo, que devemos todos ser extrovertidos e falantes. No livro de Mario Quintana ele defende os introvertidos: "... Dizem que sou tímido. Nada disso! Sou é caladão, introspectivo. Não sei por que sujeitam os introvertidos a tratamentos. Só por não poderem ser chatos como os outros?" Não quero ser chata como os comuns, acho que a beleza está na diferença, todos iguais com os mesmos gostos só é bom para as empresas não terem trabalho com pesquisa de mercado.

por Rutu Modan